quarta-feira, 17 de junho de 2015

Aos Investidores Junho




Indicadores se mantém, ou seja, previsão de mais alta da Selic, apesar de medidas monetárias visando a contração da liquidez, porém, estas medidas agem em médio prazo, enquanto mexidas na Selic pegam “direto na veia”.

Vamos aos ruídos e sinais: O mega-investidor George Soros, segundo consta em obrigatória comunicação a SEC (a CVM americana), se desfez de toda sua posição em PETR4 (Petrobrás), assim devemos ir na direção dele ou na contramão?

A situação grega – acreditem – muito mais alarmante do que a nossa, mais uma vez se especula a saída da Grécia da Zona do Euro e com isso teme-se mais um efeito dominó...
Por aqui, colunistas de renome do jornal “Valor”, apontam para risco de downgrade (agora) em julho e outro no dia dos namorados mostrou que faltam R$ 30 bilhões para o governo conseguir fechar as contas desse ano.
Por que a poupança está tendo tão baixa atratividade? Com seu saldo em redução crescente?
Por conta da remuneração ínfima da TR! Esta corrigiu no período de 30/04 a 30/05 0,1454%, se anualizarmos a mesma teremos 1,7588%. Pois é isto que pagará a Poupança: 0,5% am + TR. Mas se o Governo mexer na TR o que aconteceria, além de preservar a poupança?
Afetaria de forma inexorável os financiamentos imobiliários, expostos também a variação desta taxa, com os preços dos financiamentos aumentando, ou seja, indo na contramão do valor de mercado dos imóveis, que começam a decrescer, não somente por conta do ambiente recessivo e de falta de confiança, mas do enxugamento do crédito por parte da Caixa Econômica, principal agente deste nicho de crédito. Ou seja: quem está financiando um imóvel, passaria a pagar mais por um bem que está valendo menos.
Infelizmente este é o mecanismo das bolhas imobiliárias e ninguém quer isso. Lembremos mais uma vez o papel fundamental que possui o mercado de construção civil no crescimento e na geração de empregos.
Parece que não haverá alternativa senão a taxação das Letras (agrícolas e imobiliárias), para que a Poupança venha a ter um mínimo de atratividade...
Mantendo posição de segurança – conforme mês passado - O “porto-seguro” continua sendo Fundos atrelados a TX DI (ou LCA - apesar de não haver mais este produto sem carência no mercado), Renda Fixa e Previdência, dada sua inigualável vantagem tributária e sucessória.
Para os afeitos ao risco, talvez ainda haja espaço para apreciação do dólar frente ao real, principalmente se medidas fiscais e monetárias não derem certo no combate à inflação; não recomendamos ativos atrelados a exportações, que estão com viés de baixa, entretanto - conforme abril - continuamos recomendando fundos e/ou ativos vinculados ao setor de energia. Caso seja (mais provavelmente no fim do ano) diagnosticado que a Selic foi puxada demais para cima, "fundos índice de preço" serão uma excelente opção, pois sempre alavancam quando a tx básica cai.

Sempre lembrando que rentabilidade passada não é prerrogativa de rentabilidade futura;
Ao dispor para maiores esclarecimentos,