sábado, 29 de agosto de 2015

Não é a velocidade alta que mata, mas sim a parada brusca # Noticias do Mercado



Se lembram, alguns dias atrás (11/08), a moeda chinesa desvalorizou “um pouco mais forte” contra o dólar (sempre ele), desta forma, moeda mais fraca corresponde a inexorável redução da liquidez, além de (como de hábito) perda de confiança do mercado. Sabemos que por muitas vezes, a expectativa é superior ao(s) motivo(s) propriamente ditos...

Em suma, início de crise na China, sendo estancada (tentativa) via medidas que nós economistas chamamos de expansionistas: redução na taxa de juros e corte no compulsório, com uma injeção de cerca de 23,5 bilhões de dólares no sistema financeiro.

Já vimos esse filme – inclusive aqui - várias vezes e se o professor Keynes sempre aprovou medidas de curto prazo, entretanto, no longo a ortodoxia econômica invariavelmente não vê com “bons olhos” tamanho afrouxamento de liquidez, certa de que uma hora será cobrada a conta...
Juros no mercado futuro americano (já) em alta (diante da perene promessa de aumento das taxas americanas) e por aqui, vem se mantendo a atual Taxa Selic, com ligeira precificação de baixa a partir de 2018.

O que é essa crise na Bolsa Chinesa? Me informaram que 98,5% dos investidores são chineses, e que a mesma estaria realmente alavancada. Sabem aquelas histórias de euforia, de pessoas vendendo apartamentos para investir na Bolsa? Sim, isto estaria acontecendo por lá e sempre depois destas fases de boom desmesurado, vem um “estouro de bolha”. Não é a velocidade alta que mata e sim a parada brusca...

Mas será – descontando o viés especulativo – que a a queda da bolsa chinesa é representativa de um movimento descendente da economia chinesa? As medidas adotadas pelo banco Central Chinês dão conta que a desaceleração existe de fato e não só no balcão de compra e venda de ações.

Por aqui o dólar forte vem dando (bons) frutos na nossa balança comercial, compare: o saldo no ano é positivo em US$ 3,367 bilhões contra déficit de US$ 1,811 bilhão nos sete primeiros meses de 2014. O problema continua sendo a “crise política”, que parece a principal responsável pela saída mês passado de quase US$ 3 bilhões do nosso mercado de capitais.

Pelos dados acima, fica mais fácil “prever” em que patamar e quando o dólar irá estabilizar (também faz alguns dias "bateu" 3,60 pela primeira vez em 12 anos)...

Ao dispor para maiores esclarecimentos,