quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Até o meio-dia


Até o meio-dia

Amanhã é feriado aqui no Rio
(Será no resto do Brasil?),
Como diz a música:
-Valeu Zumbi, o grito forte de Palmares...
*
Amanhã não quero falar de economia!
*
Quero acordar tarde (sem culpa)
e fazer amor
até o meio-dia,
amor não,
que é coisa meio bicha,
quero fuder,
como meio bicho.

R. Couto


Desenho do blog de Matthias Lehmann , um monstro francês do desenho...

sábado, 15 de novembro de 2008

Peter Schiff - Guru



Em agosto de 2006, Peter Schiff (1) previu a atual crise financeira com inacreditável precisão, vendo suas mais terríveis previsões se concretizarem este ano. Confirme assistindo ao vídeo acima, em que o economista da Escola Austríaca, debate contra um arrogante Arthur Laffer(2), onde este afirma que nada abalará os "pilares da economia americana". Schiff já vinha falando do rumo errado, por parte da economia yankee, desde 2002, conforme esta outra entrevista: http://www.youtube.com/watch?v=rhJaVEWAG24.

(1)Peter Schiff, presidente do Euro Pacific Capital em Connecticut-EUA: "Nossa economia está um completo desastre. Eu acredito que a recessão - melhor chamá-la de depressão - que enfrentaremos fará com que os ganhos corporativos entrem em colapso". Ele também afirma: "O fim ainda está muito distante."

(2)Arthur Betz Laffer, nascido em 1940, é um economista americano, professor da Universidade da Califórnia, que construiu, nos anos 1970, um modelo gráfico popularizado nos Estados Unidos na década de 1980, onde relaciona a alteração da alíquota de imposto com as receitas tributárias.
A Curva de Laffer foi colocada em prática em 1978 - na Califórnia sob o Governo de Ronald Reagan - quando foi aprovada a Proposição 13, também conhecida como a “Revolta dos Contribuintes”, onde a drástica redução do imposto predial aumentou o recolhimento referente a este imposto.
Com o sucesso econômico e eleitoral, a Proposição 13 respaldou a eleição de Ronald Reagan para presidente dos Estados Unidos. Assim Arthur Laffer foi nomeado Conselheiro de Políticas Econômicas dos Estados Unidos, de 1981 a 1989.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Lethal Weapon

Tendo recebido módica bonificação em meu trabalho, como todo pobre metido a besta, resolvi (talvez) comprar uma televisão de LCD, daquelas grandes, bem grandes, que trataria de ocupar toda a parede de minha humilde choupana. Como economista que se preza, iniciei a primeira etapa: Pesquisar preços.
Como próximo do meu local laboral existem diversas lojas de eletrodomésticos, estas que anunciam compulsivamente na televisão, fui pesquisar em cada uma, para no final, obviamente, pechinchar o melhor.
Ao entrar na primeira, fui imediatamente abordado por uma gentil senhora, talvez por conta de minha imponente estampa ou por conta de vendas magras, não sei, porém, ao identificar-me rapidamente como potencial comprador, já que eu disse o que queria, ela abriu seu sorriso de mármore e me encaminhou a uma determinada TV, dizendo:
- Essa aqui está com um preço óóóótimo! Inclusive, financiamos em até 36 vezes...
Eu ainda não podia saber se o preço estava bom ou ruim, afinal preço, ou melhor, dizendo, valor, é relativo. Temos o exemplo clássico, que no meio do deserto, um copo de água, para quem está morrendo de sede, vale mais que um diamante.
Assim, curioso, quis saber quanto seria a taxa de juros, no caso de um financiamento, ao que ela me respondeu:
- É baratinho, mais ou menos 4% ao mês...Espera aí que vou calcular...
Então a gentil vendedora pegou sua máquina de calcular, dessas bem simples, com as quatro operações, fez algumas contas e disse:
- Realmente, é isso aí...
Até este momento, eu não tinha apresentado minhas credenciais, mas ao comparar o preço à vista e as prestações, pude de imediato ver que havia alguma divergência na taxa de juros e que aquela gentil dama não poderia ter calculado a taxa, em cima de um valor à vista e conhecidas prestações, utilizando somente uma “simples” maquininha de calcular. Bem, até poderia, mas teria que conhecer uma determinada equação de matemática financeira, onde se tem os valores de PMT, PV e conhecendo n = período, acha-se i = taxa. Acho que não seria o caso.
Foi então que abri meu paletó e saquei minha arma (foto), efetuei o devido calculo e achei: 8% ao mês. Ao mostrar o visor da máquina para a senhora, ela respondeu:
- É...Dá um pouco mais...
Fui embora, depois de receber o cartão da loja, imediatamente jogado fora...

Nas nossas escolas, tanto me lembro, que ensinam geometria aos baldes, devendo imaginar uma nação de futuros engenheiros civis, mas “neca de pitibiriba” de matemática financeira, tão útil, para que o povo não fosse sumariamente enganado, nas lojas de eletroeletrônicos, bancos e financeiras, que andam sugando os aposentados com descontos em folha.
Afinal, eu uso apenas uma dita máquina financeira, para agilizar diversos cálculos no dia a dia, mas nada que uma simples e boa fórmula, não possa ser aplicada, nada mais ou menos complexo que uma equação do segundo grau ou teorema de Pitágoras, que todos, tenho certeza, sabem de cor e salteado.
Ou não? Ah! Desculpem, acabei de ser informado que ainda existem crianças na sexta série, que não sabem nem escrever o nome...Esqueçam o que eu escrevi acima, vou recomeçar:
Eu tenho cinco laranjas, se der uma laranja para o Jean, uma para a Dora e uma para a Loba, com quantas ficarei?

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Ensaio Sobre a Cegueira 2

Lendo uma indicação de amigo, o livro Strategy Safari, de Henry Mintzberg e outros, conta em suas primeiras páginas com parte de um antigo poema, onde é relatada a história de alguns homens cegos e um elefante. Como já havia escutado algo a respeito da mesma, dei uma bisbilhotada na Internet e encontrei a mesma história, em vários sites, com ligeiras modificações, inclusive em sites buditas, Hare-Krishna, de Administração e Psicologia. Portanto, não vou distinguir a fonte de onde coletei a história, pois ela é a mais heterogênea possível...
Pelo que entendi, um americano espertalhão, John Godfrey Saxe(1816-1887) escreveu o poema-parte abaixo (e publicado no livro de Mintzberg), contando a aventura de seis homens cegos ao encontrar um elefante e ganhou fama graças a este, que na realidade é baseado numa antiga e interessante, sobre vários prismas, história do folclore Hindu...
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The blind man and the elefante

"It was six men of Indostan
To learning much inclined,
Who went to see the Elephant
(Though all of them were blind),
That each by observation
Might satisfy his mind
The First approached the Elephant,
And happening to fall
Against his broad and sturdy side,
At once began to bawl:
“God bless me! but the Elephant
Is very like a wall!”
The Second, feeling of the tusk,
Cried, “Ho! what have we here
So very round and smooth and sharp?
..."
E assim continua o poema, cada cego emitindo sua opinião sobre "o que é" o elefante, desnecessário e longo, copiá-lo todo, basta dar uma busca na internet, para quem se interessar...
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OS CEGOS E O ELEFANTE
(História do Folclore Hindu)

Numa cidade da Índia viviam sete sábios cegos. Como os seus conselhos eram sempre excelentes, todas as pessoas que tinham problemas recorriam à sua ajuda.
Embora fossem amigos, havia uma certa rivalidade entre eles que, de vez em quando, discutiam sobre qual seria o mais sábio.
Certa noite, depois de muito conversarem acerca da verdade da vida e não chegarem a um acordo, o sétimo sábio ficou tão aborrecido que resolveu ir morar sozinho numa caverna da montanha. Disse aos companheiros:
- Somos cegos para que possamos ouvir e entender melhor que as outras pessoas a verdade da vida. E, em vez de aconselhar os necessitados, vocês ficam aí discutindo como se quisessem ganhar uma competição. Não aguento mais! Vou-me embora.
No dia seguinte, chegou à cidade um comerciante montado num enorme elefante. Os cegos nunca tinham tocado nesse animal e correram para a rua ao encontro dele.
O primeiro sábio apalpou a barriga do animal e declarou:
- Trata-se de um ser gigantesco e muito forte! Posso tocar nos seus músculos e eles não se movem; parecem paredes...
- Que palermice! - disse o segundo sábio, tocando nas presas do elefante. - Este animal é pontiagudo como uma lança, uma arma de guerra...
- Ambos se enganam - retorquiu o terceiro sábio, que apertava a tromba do elefante. - Este animal é idêntico a uma serpente! Mas não morde, porque não tem dentes na boca. É uma cobra mansa e macia...
- Vocês estão totalmente alucinados! - gritou o quinto sábio, que mexia nas orelhas do elefante. - Este animal não se parece com nenhum outro. Os seus movimentos são bamboleantes, como se o seu corpo fosse uma enorme cortina ambulante...
- Vejam só! - Todos vocês, mas todos mesmos, estão completamente errados! - irritou-se o sexto sábio, tocando a pequena cauda do elefante. - Este animal é como uma rocha com uma corda presa no corpo. Posso até pendurar-me nele.
E assim ficaram horas debatendo, aos gritos, os seis sábios. Até que o sétimo sábio cego, o que agora habitava a montanha, apareceu conduzido por uma criança.
Ouvindo a discussão, pediu ao menino que desenhasse no chão a figura do elefante. Quando tateou os contornos do desenho, percebeu que todos os sábios estavam certos e enganados ao mesmo tempo. Agradeceu ao menino e afirmou:
- É assim que os homens se comportam perante a verdade. Pegam apenas numa parte, pensam que é o todo, e continuam tolos!

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

O mendigo 2

Ao meu grande amigo Juninho, passei um email, relatando o meu "encontro" com a figura do post abaixo e perguntei se ele tinha notícias, ao que ele me respondeu e tomo a liberdade de amigo de transcrever:
"Ele teve aqui na área semana passada conversando com o Liberal..Ele tá maluco e cada dia que passa mais pirado !!!! Deve estar passando fome e mendigando mesmo...Que pena...Outro dia apareceu aqui na área e fcou conversando com meu irmão, pediu dinheiro e parecia que estava cheirado e bêbado...Ficou rebolando no meio da rua...Lamentável...Patético...Tá cada vez mais magro e raquítico...Pobre Big. Apareça pra gente conversar. Abraços. Germano "