Lendo uma indicação de amigo, o livro Strategy Safari, de Henry Mintzberg e outros, conta em suas primeiras páginas com parte de um antigo poema, onde é relatada a história de alguns homens cegos e um elefante. Como já havia escutado algo a respeito da mesma, dei uma bisbilhotada na Internet e encontrei a mesma história, em vários sites, com ligeiras modificações, inclusive em sites buditas, Hare-Krishna, de Administração e Psicologia. Portanto, não vou distinguir a fonte de onde coletei a história, pois ela é a mais heterogênea possível...
Pelo que entendi, um americano espertalhão, John Godfrey Saxe(1816-1887) escreveu o poema-parte abaixo (e publicado no livro de Mintzberg), contando a aventura de seis homens cegos ao encontrar um elefante e ganhou fama graças a este, que na realidade é baseado numa antiga e interessante, sobre vários prismas, história do folclore Hindu...
Numa cidade da Índia viviam sete sábios cegos. Como os seus conselhos eram sempre excelentes, todas as pessoas que tinham problemas recorriam à sua ajuda.
Pelo que entendi, um americano espertalhão, John Godfrey Saxe(1816-1887) escreveu o poema-parte abaixo (e publicado no livro de Mintzberg), contando a aventura de seis homens cegos ao encontrar um elefante e ganhou fama graças a este, que na realidade é baseado numa antiga e interessante, sobre vários prismas, história do folclore Hindu...
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The blind man and the elefante
"It was six men of Indostan
To learning much inclined,
Who went to see the Elephant
(Though all of them were blind),
That each by observation
Might satisfy his mind
The First approached the Elephant,
And happening to fall
Against his broad and sturdy side,
At once began to bawl:
“God bless me! but the Elephant
Is very like a wall!”
The Second, feeling of the tusk,
Cried, “Ho! what have we here
So very round and smooth and sharp?
..."
To learning much inclined,
Who went to see the Elephant
(Though all of them were blind),
That each by observation
Might satisfy his mind
The First approached the Elephant,
And happening to fall
Against his broad and sturdy side,
At once began to bawl:
“God bless me! but the Elephant
Is very like a wall!”
The Second, feeling of the tusk,
Cried, “Ho! what have we here
So very round and smooth and sharp?
..."
E assim continua o poema, cada cego emitindo sua opinião sobre "o que é" o elefante, desnecessário e longo, copiá-lo todo, basta dar uma busca na internet, para quem se interessar...
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OS CEGOS E O ELEFANTE
(História do Folclore Hindu)
Numa cidade da Índia viviam sete sábios cegos. Como os seus conselhos eram sempre excelentes, todas as pessoas que tinham problemas recorriam à sua ajuda.
Embora fossem amigos, havia uma certa rivalidade entre eles que, de vez em quando, discutiam sobre qual seria o mais sábio.
Certa noite, depois de muito conversarem acerca da verdade da vida e não chegarem a um acordo, o sétimo sábio ficou tão aborrecido que resolveu ir morar sozinho numa caverna da montanha. Disse aos companheiros:
- Somos cegos para que possamos ouvir e entender melhor que as outras pessoas a verdade da vida. E, em vez de aconselhar os necessitados, vocês ficam aí discutindo como se quisessem ganhar uma competição. Não aguento mais! Vou-me embora.
No dia seguinte, chegou à cidade um comerciante montado num enorme elefante. Os cegos nunca tinham tocado nesse animal e correram para a rua ao encontro dele.
O primeiro sábio apalpou a barriga do animal e declarou:
- Trata-se de um ser gigantesco e muito forte! Posso tocar nos seus músculos e eles não se movem; parecem paredes...
- Que palermice! - disse o segundo sábio, tocando nas presas do elefante. - Este animal é pontiagudo como uma lança, uma arma de guerra...
- Ambos se enganam - retorquiu o terceiro sábio, que apertava a tromba do elefante. - Este animal é idêntico a uma serpente! Mas não morde, porque não tem dentes na boca. É uma cobra mansa e macia...
- Vocês estão totalmente alucinados! - gritou o quinto sábio, que mexia nas orelhas do elefante. - Este animal não se parece com nenhum outro. Os seus movimentos são bamboleantes, como se o seu corpo fosse uma enorme cortina ambulante...
- Vejam só! - Todos vocês, mas todos mesmos, estão completamente errados! - irritou-se o sexto sábio, tocando a pequena cauda do elefante. - Este animal é como uma rocha com uma corda presa no corpo. Posso até pendurar-me nele.
E assim ficaram horas debatendo, aos gritos, os seis sábios. Até que o sétimo sábio cego, o que agora habitava a montanha, apareceu conduzido por uma criança.
Ouvindo a discussão, pediu ao menino que desenhasse no chão a figura do elefante. Quando tateou os contornos do desenho, percebeu que todos os sábios estavam certos e enganados ao mesmo tempo. Agradeceu ao menino e afirmou:
- É assim que os homens se comportam perante a verdade. Pegam apenas numa parte, pensam que é o todo, e continuam tolos!
3 comentários:
Linda metáfora, Renato! A humanidade é mesmo assim... E eu também!
Abraço forte!
E assim, cada verdade tem uma cara diferente. Dificil é termos a humildade de reconhecer isso e juntar as partes!
Tem uma outra coisa que achei interessante: até entre os sábios existe competição! rs...
Beijocas, moço. Ótimo fim de semana!
Engraçado q tb não faz muito tempo eu ouvi falar sobre sobre essa hist. dos cegos e do elefante... E fiquei cheia de vonatde de ler...
Até literatura vira moda, né?
Mas pra eu não pegar essa parte q vc colocou aqui e achar q é o todo (mesmo sendo essa parte muito boa), vou alimentar com esse naco de texto a tal curiosidade em lê-lo inteiro.
Beijos!
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