Loba disse...
Pela lógica da tese cética de que tudo tem seu preço, a fé é bem cara, né?Pensando aqui: quem vai pra igreja com a carteira cheia não estará, inconscientemente, querendo comprar o céu? O que mais se compra com o dinheiro que se leva?
Cherry disse...
Renato...Eu trabalho num lugar infestado (rs) de evangélicos... O q mais me irrita é o fato deles se acharem superiores ao resto (resto?) da humanidade. E são tão humanos, cheios de defeitos, qtos os demais mortais. Essa coisa deles apontarem o dedo e gritarem: Pecador, já pro inferno!" sabe? Enfim...Mais religião cada um tem a sua, né?Beijos!
Pela lógica da tese cética de que tudo tem seu preço, a fé é bem cara, né?Pensando aqui: quem vai pra igreja com a carteira cheia não estará, inconscientemente, querendo comprar o céu? O que mais se compra com o dinheiro que se leva?
Cherry disse...
Renato...Eu trabalho num lugar infestado (rs) de evangélicos... O q mais me irrita é o fato deles se acharem superiores ao resto (resto?) da humanidade. E são tão humanos, cheios de defeitos, qtos os demais mortais. Essa coisa deles apontarem o dedo e gritarem: Pecador, já pro inferno!" sabe? Enfim...Mais religião cada um tem a sua, né?Beijos!
Com toda certeza, as igrejas conhecidas por evangélicas, possuem algum tipo de mensuração, para avaliar a arrecadação das mesmas, versus seu tempo de televisão, isto sem contabilizar a otimização do mesmo tempo, via aquisição direta de canais, eliminando assim a intermediação. Quanto mais tempos os pastores tem na telinha, diretamente proporcional, deve crescer o rebanho e a contribuição deste, ou seja, o produto é vendido e comprado. Este tempo televisivo, seria a propaganda, medida em sua eficiência por um coeficiente chamado "elasticidade de propaganda", em bom português, o quanto a propaganda influencia (ou não) o aumento do consumo.
Um breve parêntese de economes: Mas por que nem todas as empresas investem em propaganda? Uma empresa perfeitamente competitiva não tem razões para investir, porque adota o "preço de mercado", como premissa para vender o que produz, por essa razão, produtores de milho, soja, etc., não fazem propaganda.
Pulando demais informações matemáticas (porém, academicamente fundamentais), a dificuldade na aplicação de "regras para propaganda", está justamente na disponibilidade de informações sobre esta "elasticidade de propaganda" citada. Intuitivamente, porém, até os que não sentaram nos bancos escolares da economia, podem perceber que qualquer empresa deve investir (muito) em propaganda quando a demanda for muito sensível a propaganda ou a demanda não é muito preço-elástica, calma, vamos lá, no caso de alguns produtos, a publicidade amplia o mercado, atraindo uma grande gama de consumidores, se a propaganda puder ajudar a vender mais, ela provavelmente justificará seu custo, obviamente atrelado este vender mais a sua receita marginal.
Uma estratégia de preços tem por objetivo ampliar a base de clientes para os quais a empresa pode vender e captar o máximo possível de excedente do consumidor. Existem diversas formas de se atingir estes objetivos e eles normalmente envolvem a determinação de diversos preços.
Por definição, excedente do consumidor é a diferença entre o preço que um consumidor estaria disposto a pagar por uma mercadoria e o preço que realmente paga ao adquirir a mercadoria. O comerciante tem por objetivo, "capturar" este excedente para si, e não deixando este "excesso" para o próprio consumidor. Tome por exemplo a venda de um carro, que custa em média 20 mil (preço de mercado), o consumidor estaria disposto a pagar por ele até 21,5 mil, porém se o vendedor, com base em seus argumentos, consegue vender este carro por 23 mil, conseguiu para si um excedente do consumidor de 1,5 mil, por outro lado, se o comprador se mostra um bom negociante e consegue reduzir o preço final para 19,5, este sim, conseguiu um excedente de consumidor de 2 mil. Fecha parêntese.
Nas igrejas evangélicas ocorre o mesmo, vide um culto (entre tantos iguais) que me foi relatado: Um pastor pergunta quem teria 10,00 para "dar", com parte da audiência dando este valor, em seguida ele questiona quem tem realmente Deus no coração e teria 50,00 para "contribuir" em nome "do senhor", após a colheita, volta a carga e quer saber quem deseja "Jesus ao seu lado", devendo assim "entregar a carteira aos irmãos" (que estão na colheita), assim acontecendo, vemos que o pastor está praticando simplesmente microeconomia, capturando o excedente do consumidor, pois quantos fiéis foram dispostos naquele dia, a contribuírem somente com 10,00 e acabaram deixando todo o seu dinheiro? Finalmente, o pastor perguntou quem tinha talão de cheques e que verdadeiramente a fé seria provada, deixando um cheque pré-datado para o dia do pagamento...
Um breve parêntese de economes: Mas por que nem todas as empresas investem em propaganda? Uma empresa perfeitamente competitiva não tem razões para investir, porque adota o "preço de mercado", como premissa para vender o que produz, por essa razão, produtores de milho, soja, etc., não fazem propaganda.
Pulando demais informações matemáticas (porém, academicamente fundamentais), a dificuldade na aplicação de "regras para propaganda", está justamente na disponibilidade de informações sobre esta "elasticidade de propaganda" citada. Intuitivamente, porém, até os que não sentaram nos bancos escolares da economia, podem perceber que qualquer empresa deve investir (muito) em propaganda quando a demanda for muito sensível a propaganda ou a demanda não é muito preço-elástica, calma, vamos lá, no caso de alguns produtos, a publicidade amplia o mercado, atraindo uma grande gama de consumidores, se a propaganda puder ajudar a vender mais, ela provavelmente justificará seu custo, obviamente atrelado este vender mais a sua receita marginal.
Uma estratégia de preços tem por objetivo ampliar a base de clientes para os quais a empresa pode vender e captar o máximo possível de excedente do consumidor. Existem diversas formas de se atingir estes objetivos e eles normalmente envolvem a determinação de diversos preços.
Por definição, excedente do consumidor é a diferença entre o preço que um consumidor estaria disposto a pagar por uma mercadoria e o preço que realmente paga ao adquirir a mercadoria. O comerciante tem por objetivo, "capturar" este excedente para si, e não deixando este "excesso" para o próprio consumidor. Tome por exemplo a venda de um carro, que custa em média 20 mil (preço de mercado), o consumidor estaria disposto a pagar por ele até 21,5 mil, porém se o vendedor, com base em seus argumentos, consegue vender este carro por 23 mil, conseguiu para si um excedente do consumidor de 1,5 mil, por outro lado, se o comprador se mostra um bom negociante e consegue reduzir o preço final para 19,5, este sim, conseguiu um excedente de consumidor de 2 mil. Fecha parêntese.
Nas igrejas evangélicas ocorre o mesmo, vide um culto (entre tantos iguais) que me foi relatado: Um pastor pergunta quem teria 10,00 para "dar", com parte da audiência dando este valor, em seguida ele questiona quem tem realmente Deus no coração e teria 50,00 para "contribuir" em nome "do senhor", após a colheita, volta a carga e quer saber quem deseja "Jesus ao seu lado", devendo assim "entregar a carteira aos irmãos" (que estão na colheita), assim acontecendo, vemos que o pastor está praticando simplesmente microeconomia, capturando o excedente do consumidor, pois quantos fiéis foram dispostos naquele dia, a contribuírem somente com 10,00 e acabaram deixando todo o seu dinheiro? Finalmente, o pastor perguntou quem tinha talão de cheques e que verdadeiramente a fé seria provada, deixando um cheque pré-datado para o dia do pagamento...
8 comentários:
Não conseguir ir até o fim, mas irei outro dia, Desculpe-me, mas estou debilitada e gastei minhas forças no post que fiz hj. Já que não posso ficar sem fazer nada, senão olho no espelho e me vejo magricela, 39 quilos, por causa da quimio, resolvi fazer algo aqui. Enquanto coleto material para "Bonequinha de luxo", postei sobre o filme "Sombras de Goya" que em Portugal ficou como no original "Os Fantasmas de Goya". Apareça por aqui:
wwwrenatacordeiro.blogspot.com
não há ponto depois de www
Um beijo,
Rê
PS: Traduzi um soneto de Shakespeare e pus no post
Pela lógica da tese cética de que tudo tem seu preço, a fé é bem cara, né?
Pensando aqui: quem vai pra igreja com a carteira cheia não estará, inconscientemente, querendo comprar o céu? O que mais se compra com o dinheiro que se leva?
Agora sacia outra curiosidade minha? Vc é economista ou publicitário? rs...
Saudade de vc, viu?
Beijãozão
Renato...
Eu trabalho num lugar infestado (rs) de evangélicos... O q mais me irrita é o fato deles se acharem superiores ao resto (resto?) da humanidade. E são tão humanos, cheios de defeitos, qtos os demais mortais. Essa coisa deles apontarem o dedo e gritarem: Pecador, já pro inferno!" sabe?
Enfim...
Mais religião cada um tem a sua, né?
Beijos!
Renata:
Melhoras rápida e pra sempre pra você...Beijos.
Loba:
A curiosidade matou um gato, uma gata, ou uma Loba? Heheeh...Não precisa saudades, você é minha visita diária, mas esta semana vc. ficou no texto de sexta-feira...Infelizmente para nós...Ah! Publicitário (sem preconceito, apenas xiste) é meio gay, não? Deixo pra você, a conclusão lógica...Beijos.
Cherry:
Onde não está infestado? Aqui na empresa deixo eles fazerem um culto antes do expediente, o engraçado é que após terminarem o dito culto, já ouvi a seguinte frase:"Hoje eu vou fuder aquele filho da puta", juro, viva o amor ao próximo...Hehehe.Beijos.
Oi renato.
Uma vez fui num culto evangélico. O cara começou pedindo 100 paus e foi baixando até solicitar qualquer moedinha. Constrangido - parecia que eu era o único a não contribuir e todos estavam percebendo - dei as minhas moedas. Era a grana da passagem. Voltei para casa a pé, mas garanti meu lugar no Céu. Pelo menos é o que espero.
Um abraço.
Prezado Renato,
Há um mês escrevi um pequeno texto sobre a crise econômica no Brasil. E só agora li o comentário pertinente que você fez sobre o meu ponto de vista. Talvez, pela ânsia em expor o meu pensamento sobre a péssima condição de nossos jornalistas eu tenha me excedido quanto aos possíveis transtornos que a crise econômica mundial poderia nos trazer. Mas, de todo modo, me expressei mal, minha intenção era a de falar sobre o sensacionalismo de nossos veículos de comunicação. Obrigado por ter lido e por ter opinado.
Abraços
Renato, faz tempo li um trabalho de uma colega sua (economista), que demonstrava como essa ideia de "prosperidade" funcionava para aquecer a economia da Baixada Fluminense. A lógica, se minha memória não me trai (sempre trai) era a seguinte: quanto mais eu dou grana para deus, mais eu ganho, então tenho que ganhar mais para dar mais (grana). Assim as pessoas viravam pequenos empreendendores... Conhece essa tese?
Depois deste texto explicativo (e do poema deixado lá) cheguei a uma conclusão: quero capturar o excedente sensorial de algumas pessoas. Já sou sua aluna. Posso?
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