sábado, 1 de janeiro de 2011

4 poesias

Sempre bisbilhotando no universo dos quadrinhos, achei este caboclo aí em cima, Rafael Sica. Um traço diferente, melancólico, não sei se o traço, seus temas, ou ambos, ou seja, sincronismo total entre o desenho e a idéia. Parecem saídos diretamente de uma mente não muito sadia (isto é um elogio), assim como sua assinatura, estilo em vias de alfabetização. Genial, valendo a máxima: uma imagem equivale a mil palavras. Mas aviso, se for dar uma olhada nos desenhos do moço, leve um anti-depressivo, no meu caso, optei por uma vodka on the rocks.

Não sou poeta. Às vezes crio coragem e faço, outras, tenho muito mais coragem e escrevo...


Pequenas Coisas

Sei que vivemos de pequenas coisas
e as coisas pequenas parecem se perder na imensidão,
mas só parecem,
só parecem,
parecem,
só.

R. Couto

Eu queria

Queria ser um escritor
Para poder todos os dias

Te dar poesia

De café da manhã.


R. Couto

2 comentários:

Jean Scharlau disse...

Renato, ao andar por aí, com um tanto de atenção e desejo, eventualmente a encontramos, a Poesia.
Ainda quando não seja belíssima, a moça, sempre será belo o encontro com ela.

E são belas estas que encontraste.

Um brinde a esses encontros. E que sejam frequentes neste ano, realmente novo, sob tantos aspectos importantes para nós brasileiros.

Jens disse...

Ora, ora, quem diria: além de economista, poeta. Trata-se de um caso raro. Geralmente quando o cara se dá bem com os números não mantém boas relações com as palavras. E vice-versa (neste caso, sou um exemplo clássico; fora as quatro operações, sou uma nulidade em matemática).
O mais surpreendente ainda é que és um bom poeta, como atestam os dois poemas. Gostei especialmente do segundo, que anotei na minha caderneta para usar em futuras conquistas amorosas (como se fosse de minha autoria, of course). Ainda há mulheres que se deixam encantar com as palavras.

Um abraço.