sábado, 26 de março de 2011

Eu grito, porque o instante existe

Às vezes acordo doido para falar um poema,

mas prendo, não faço, calo, engulo.

- mais nada*

Porém, hoje ele saiu,

feito peido que não foi peido

e sim diarréia.

Ah! Pensava que era coisa séria?

Vai pra puta que o pariu!

É somente um grito contra minha miséria.

Depois misturo água com cimento

e bebo um copo cheio.

Sossego minhas vísceras.

Irmão das coisas fugidias”*

Só na próxima lua cheia.


R. Couto (março/2011)


* Trechos do Poema:Motivo (Cecília Meireles)

4 comentários:

Loba disse...

menino, isso tudo é mexida da lua cheia? poesia marginal no sentido mais literal!
interessane que vc se juntou à Cecília que é toda sensorial. mas ficou interessante. e faz lembrar os poetas beats. lembra? ;)
beijo

Jens disse...

Oi Renato.
O poema expelido como uma enxurrada de merda incontrolável. Hehehe, imagem interessante e irreverente. Os delicados, aqueles a que se referiu Drummond em poema célebre, vão querer o teu couro. Como se sabe, eles não gostam da vida sem mistificações.

Um abraço.

Prazeres disse...

Interessante, muito interessante...

Loba disse...

E aí? Demora muito pra voltar aqui? Logo agora que me animei com a sua poesia?
Beijoconas

PS. tou esperando resposta ao e-mail que te mandei sobre a coletânea, viu?