domingo, 16 de outubro de 2011

CÂMBIO, JUROS E INFLAÇÃO: TATEIO


Fernando Nogueira da Costa escreveu interessante (iria usar um superlativo, mas poupei o autor de quem sou fã) resenha sobre uma série de artigos publicados no jornal Valor entre 14/06/11 e 29/06/11, cujos autores, renomados na matéria, analisam o câmbio, o juro, a inflação e suas possíveis relações. Divide os economistas em dois blocos: Os “liberais” que se preocupam, antes de tudo, com a estabilização da inflação e os “desenvolvimentistas” que privilegiam a agenda do crescimento com distribuição de renda. Pequenos trechos abaixo e resenha completa no link: CÂMBIO, JUROS E INFLAÇÃO: TATEIO, também disponível no Centro Celso Furtado.

“Por que a Economia, enquanto disciplina, é tão miserável na oferta de idéias ou instrumentos de política econômica? Talvez uma pista para a resposta se encontre em Galbraith (1975): “economistas são parcimoniosos, entre outras coisas, de idéias; a maioria vale-se das idéias dos tempos em que fizeram o seu curso” (p. 238). Há sempre esperança que a mudança de idéias, em conseqüência, venha de jovens estudiosos, com a passagem de uma geração para outra.”

“Vamos analisar esse conflito de interesses, dividindo esse debate, inicialmente, em duas alas: de um lado, os paranóicos antiinflacionários; de outro, os crescimentistas. Dentro dos múltiplos temas, vamos analisar mais detalhadamente as respostas de renomados economistas à seguinte pergunta-chave: por que a taxa de juros brasileira é a maior no mundo? Parece-me que eles fazem apenas tateio da questão.”

“...ao desconsiderar a Economia Política, fica notável a irrelevância da Economia Pura. Trata-se apenas de exercício intelectual aparentemente lógico, mas só racional com a aceitação sem questionamento de suas premissas.”


*Desenho de Pawła Kuczyńskiego


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