sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Relendo Sêneca

Mais um ano se inicia, meio pauleira, pois venho tentando escrever algo sobre os "ciclos economicos" e não consigo terminar, a doce mãe de primeira, desse filho de segunda, realizou uma cirurgia delicada (passa bem!), então sofri todas as inexoráveis aflições...
Aniversariei em dezembro e sempre lembro deste grego, pois aos 44 anos, torna-se normal a busca de realizações através dos filhos, algo como um espelho do que não fomos, ou queríamos ser. Mas tentarei, até a última força, fugir desse lugar comum, pelo menos enquanto houverem calos a serem cultivados.
Um escritor, imagino em parte, agir assim também com seus personagens. Seremos então (muitas vezes) personagens de nós mesmos?
Não há outro meio, senão traçar metas exíguas.

"Não temos uma vida curta, mas desperdiçamos uma grande parte dela" (Sêneca)

2 comentários:

Anônimo disse...

Pois, eu li que você parece subestimar-se...Você deve ser um filho amoroso e um pai amantíssimo.
Mas, em primeiro lugar é você mesmo, o homem Renato, o amigo blogueiro, que tenta se contar, mas se oculta na "fala"...
Confio em suas metas e no seu talento próprio. Não sei bem a razão, pois conheço-o pouco. Mas, tenho uma idéia do seu valor como ser humano de alto quilate.Não precisa realizar-se, por tabela...nos filhos. Tem sua capacidade de realização em si-mesmo.
Elogiei demais...Nem costumo fazer isso...rs
Mas, é o ano que se inicia. Fico assim.
Beijos, Renato!
Dora

Jens disse...

Pau na máquina, Renato. Os filhos são a nossa continuação, o mais perto que podemos chegar da idéia de imortalidade (ao menos não seremos esquecidos tão cedo).
Feliz, aniversário atrasadíssimo.
Um abraço.