Até hoje, a história da origem das artes marciais orientais, não se encontra totalmente elucidada e talvez nem seja, já que são ancestrais demais seus fundamentos. Uma das versões (resumida), é que um monge indiano, chamado Bodhidharma, numa de suas viagens, hospedou-se no templo Shaolin e lá transmitiu alguns de seus ensinamentos, que seriam uma espécie de ginástica, para fortalecer o corpo, no intuito de resistir aos enormes períodos de meditação. Essa dita ginástica, seriam movimentos inspirados nos próprios movimentos dos animais. Todo o resto desenvolvido, foi a partir daí...Esta é uma versão de "origem" chinesa, existem outras, de origens japonesa, coreana, tailandesa, etc. Mas o que eu queria mesmo era (re) lembrar uma história atribuída a este monge, Bodhidharma. O caçula dos três filhos de um rei, aos oito anos já afirmavam ser um iluminado, situam sua vida lá pelo ano de 500 DC e esta precocidade nos lembra as histórias do Nazareno (que acabei lembrando por conta do filme de Saramago e seu outro livro-O Evangelho Segundo Jesus Cristo). Havia um velho monge (sempre há) que servia de tutor aos três príncipes e certa vez, de posse de um imenso diamante, presente do rei, perguntou se conheciam algo mais valioso que aquela pedra? O príncipe mais velho e o "do meio" responderam que não havia, que somente o mestre poderia ter aquele belo presente e outras bajulações semelhantes ao que o pequeno Bodhidharma disse: - Realmente meus irmãos estão certos, pois é um belo tesouro, mas compreender o valor, é uma sabedoria sem preço, portanto compreender que um diamante vale muito mais que um caco de vidro, é de grande valia tanto quanto a pedra em si.Porém, é um conhecimento vazio, tratando-se apenas do conhecimento material do mundo, a verdadeira sabedoria consiste em compreender-nos a nós mesmos.
Assim como as artes marciais, no fundo, são galhos da mesma árvore, escutamos tantas histórias (similares) das religiões, que nos levam a crer o mesmo. Quantas histórias do pequeno "Bodhi" são similares as do pequeno filho de Maria ou do jovem Sidarta?
Outro aspecto é a colocação do pequeno Buda quanto ao valor, tanto do vidro, como do diamante e do conhecimento. Observa-se um importante rascunho da teoria econômica de utilidade marginal, para desgosto dos que colocam todas as fichas na teoria de valor de Marx, mas isso é outra história, afinal eu já misturei demais alhos com bugalhos...
Assim como as artes marciais, no fundo, são galhos da mesma árvore, escutamos tantas histórias (similares) das religiões, que nos levam a crer o mesmo. Quantas histórias do pequeno "Bodhi" são similares as do pequeno filho de Maria ou do jovem Sidarta?
Outro aspecto é a colocação do pequeno Buda quanto ao valor, tanto do vidro, como do diamante e do conhecimento. Observa-se um importante rascunho da teoria econômica de utilidade marginal, para desgosto dos que colocam todas as fichas na teoria de valor de Marx, mas isso é outra história, afinal eu já misturei demais alhos com bugalhos...
5 comentários:
Oi Renato.
Sou uma criança, não entendo nada. Mas gosto das história do tio Marx.
(Saco, tô muito bundão nos últimos dias, sorry).
Um abraço.
Mas foi uma boa mistura...Vim conhecer teu canto e deparo-me com esse mistura interessante de contos indianos com nosso velho Marx...Gostei Renato(nome de meu filho!), e voltarei se permitires...Hj estou com uma pesquisa/comentários no:
http://nsides.blog.uol.com.br se possível passe por lá, o outro é de contos e brincadeiras...Forte abraço
Renato. Um conhecimento "vazio" do mundo eu coloco nas pessoas que ostentam enorme erudição, ou especializações em assuntos, ou na coleção de informações enciclopédicas.
Esse conhecimento de que você fala, seja de Buda, Jesus, ou Bodhidharma( ainda a teoria econômica de Marx?)...seria a sabedoria, que se resume em se auto-conhecer e conhecer a relação de amor e com-paixão, na união com a humanidade e o cosmos.
O conhecimento genuíno passa pela compreensão das causas e efeitos dos fenômenos da existência, que se estendem fora e além de nossa subjetividade.
Falei demais...rs
Beijos para você!
Dora
Renato, sempre que vc faz um texto falando sobre ou remontando à cultura oriental eu me lembro de Shogun. Já disse isso, mas este livro tem uma importancia fundamental na minha vida. Através dele, tive o primeiro contato com esta cultura e me apaixonei! Tempos depois, morando numa comunidade hippie, li tudo que consegui encontrar sobre. Foi quando me encontrei com Buda. E mais tarde, descobri a cultura judaica.
Tudo isso pra dizer que concordo inteiramente com vc: existem sim várias similaridades entre as várias religiões. Algumas com explicações menos dogmáticas, mas em todas elas (as que conheço um pouco) buscando levar o homem a ampliar seus códigos de valorização.
Mas... a teoria de Max ainda é muito fresca na minha cabeça, viu? rs...
Beijoconas
Pareces um profundo conhecedor de artes marciais, além da Economia, é claro! Posso abusar? Se você tivesse um filho de 8 anos você o deixaria praticar Hapkido?
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