quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Igreja, Hitler e Bolsa

No livro The Myth of Hitler's Pope do Rabino David G. Dalin, temos interessante (e importante) refutação de outros livros (já traduzidos), que afirmam que houve determinada sinergia entre o nazismo e a igreja católica, tais como "O Vaticano e Hitler" e "O Papa de Hitler". Por que os livros que "detonam" a igreja católica, são prontamente traduzidos e um que a defende, sendo escrito por um "rabbi" (grande paradoxo), permanece com acesso restrito a meia-dúzia que professa a língua do bardo? Clicando no link, tem-se uma prévia do mesmo, pois apesar de toda a inquisição e diversas outras barbaridades da santa igreja, continuo com o filho do carpinteiro, dizendo que apenas a VERDADE liberta. Ah! Eu sou ateu, confesso, portanto não tenho nada a ver ou ganhar defendendo os "come-hóstias"...
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Sobre a crise no(s) mercado(s), ainda estou em fase de análise, para não falar besteira, mas se você tem algum na bolsa, a hora é de vender, comprar agora, só para os bobos, isso segundo o livro (muito bom): Os Axiomas de Zurique, autoria de Max Gunther, que tem como terceiro axioma a esperança:
“Quando o barco começar a afundar, não reze, abandone-o”.
Apesar de alguns "coleguinhas" acharem este livro "o máximo" como cartilha de investimento (prefiro falar especulação), acredito que o autor quis na verdade tirar uma grande sarro do dito mercado...

6 comentários:

Loba disse...

Vim unhas pintadas de vermelho. Mas o assunto é sério. Então reconho a vontade de lascar peles pra falar deste paradoxo.
Deve ser, no mínimo, interessante ver o cristianismo sob o olhar de um rabi. Durante muitos anos convivi com judeus não-ortodoxos. Aprendi a respeitar a cultura judaica, embora questionando o que conheci da religião.
Mas questionar religião parece que foi sempre minha sina. A católica eu desconstruí ainda adolescente. Hoje sou apenas agnóstica. Talvez mais próxima de reconstruir a fé infantil, sei lá!
Mas o que este imenso comentario tem a ver com seu texto? rs...
Ah... me lembrei de um poema que fiz sobre a ameaça de explosão das bolsas. Poema de circunstância. Achei que meus prognósticos eram negros demais. Hoje vejo a realidade bem próxima do que imaginei meses atrás! E fico pensando no que a recessão americana da década de 30 gerou.
Beijo. De unhas vermelhas! rs

Jens disse...

Oi Renato.
O livro deve ser muito interessante, já que vai na contramão do pouco que se sabe até agora da atuação da Igreja durante o Nazismo. É sempre bom ouvir o outro lado, ainda mais quando o representante deste é alguém que faz parte dos supostamente prejudicados pela ação papal.
***
Quanto à bolsa, a minha está vazia, hehehe...
***
um abraço.

Jens disse...

Renato:
estou apavorado com a crise econômica nos EUA. Diz que nós, índios, não vamos nos ferrar como eu acho que vamos. Esperança, luz no fim do túnel, por favor!
Um abraço desesperado.

RENATA CORDEIRO disse...

Deve ser, no mínimo, interessante a Igreja católica defendida por um rabino. Isso prova que ainda existem livres-pensadores e que esse judeu deu a cara a tapa na sua própria comunidade. Quando tinha uns 20 até uns 24 anos, me dizia atéia. Mas como estudava Filosofia, e estudei muito Kant que defende que pelo menos a idéia de Deus existe, suspendi o juízo, visto que não são dados ao ser humano meios de conhecer Deus, e prossigui a minha vida, resolvendo os meus pepinos aos trancos e barrancos e nunca de mãos postas. Mas acho incríveis algumas falas do Nazareno, pois quando ele menciona o Reino dos Céus, ele diz que o Reino dos Céus é aqui na terra, que cada um tem que construir o seu, humildemente, pois não passamos de um grão de mostarda. Acredito no homem Jesus de Nazaré, e não no Cristo, no ungido.
Adorei o seu post, Renato, meu xará, e o convido a ir visitar o meu novo post que, como vc já está acostumado, trata de temas mais lights. Estou à sua espera.
Um beijo,
Renata
wwwrenatacordeiro.blogspot.com

Anônimo disse...

Renato! Você fala das controvérsias em matéria de religião, e tal e, de repente, vem com o tema da Bolsa.
E eu já estou ficando "enfastiada" de ler sobre EUA e Obama e quebra de bancos, etc.
Fico com a problemática da tradução que não se faz do livro que seria "pró" Catolicismo. É claro que nosso século(e o passado também) está sendo o tempo de execrar a Igreja Católica(eu também não sou mais católica...). Depois de Nietszche, que decretou a morte de Deus, a humanidade(que lê) acha super chique se dizer "agnóstica" e se volta contra a Religião. Mas, os bastidores de qualquer Instituição são sempre misteriosos...A Igreja Católica não foge a essa regra. Por isso, a discussão deve vir à tona, sempre, com os argumentos "contra" e os "a favor", como deve ser esse livro não-traduzido...
(Estou longe da Net, faz tempão! Percebeu que fui confusa, né?
Releve...Tenho o pensamento ocupado por outro tipo de "negócios"..rs).
Beijos, Renato.
Dora

Jean Scharlau disse...

Ah, pois é... os mitos e a verdade... Há muitos mitos e na maioria deles há algo de verdade, mas isto não basta.