Eric Hobsbawn, em seu livro “Da Revolução Industrial Inglesa ao Imperialismo” , analisa a origem desta “revolução” em pauta, no capítulo dois - A Origem da Revolução Industrial, começando como condição, determinada acumulação de capital, onde a Inglaterra vinha de “200 anos de desenvolvimento econômico razoavelmente contínuo”¹ , seria então este o pilar, a base de sustentação para o crescimento. Na história brasileira, comparando com fator tempo, o Brasil teria o mesmo tempo não em acumulação, mas em exploração.
Destaco a colocação de que a Inglaterra não era uma economia de mercado, mas sim “formava um único mercado nacional”² , onde a iniciativa privada foi amplamente apoiada pelo Estado, havendo total sinergia entre ambas. Havia um mercado interno conjugado com força produtiva (com um crescimento populacional muito rápido, para os padrões da época) primeiro escoadouro de produção e mercado externo, ancorado pela política governamental. Daí, em relação a força trabalhadora, esquecer a falácia de que foi fator preponderante, pura e simplesmente “sobra” de mão-de-obra, pois se fosse o caso, no Brasil escravocrata haveria Revolução Industrial.
Seja pelos meios políticos, pela guerra ou colonização, a Inglaterra consegue seus mercados externos, vide o caso brasileiro, onde a mesma monopolizou o comércio, assim a Inglaterra subordinou “toda a política externa a objetivos econômicos”³, não só a obtenção de mercados, como a supressão de qualquer tentativa de concorrência.
Passam a existir basicamente dois tipos de países, os que possuem os meios de produção, comunicação e destruição, sim, a força muitas vezes é imprescindível, como instrumento de coerção e os que não possuem e assim estão sujeitos “a suportar a lei dos primeiros”4.
Assim é mantido o balanço de pagamentos inglês, a troca de produtos primários dos países subdesenvolvidos, por produtos manufaturados.
Além do óbvio interesse externo, com a manutenção de nossa dependência5 , o desinteresse interno, ou melhor, o interesse em seus próprios interesses e não os nacionais, mantinha este moto-contínuo comercial, grande diferença entre os interesses brasileiros e ingleses, onde o interesse privado misturava-se invariavelmente ao interesse público, apesar de monarquia, aplicação literal do termo República.
Destaco a colocação de que a Inglaterra não era uma economia de mercado, mas sim “formava um único mercado nacional”² , onde a iniciativa privada foi amplamente apoiada pelo Estado, havendo total sinergia entre ambas. Havia um mercado interno conjugado com força produtiva (com um crescimento populacional muito rápido, para os padrões da época) primeiro escoadouro de produção e mercado externo, ancorado pela política governamental. Daí, em relação a força trabalhadora, esquecer a falácia de que foi fator preponderante, pura e simplesmente “sobra” de mão-de-obra, pois se fosse o caso, no Brasil escravocrata haveria Revolução Industrial.
Seja pelos meios políticos, pela guerra ou colonização, a Inglaterra consegue seus mercados externos, vide o caso brasileiro, onde a mesma monopolizou o comércio, assim a Inglaterra subordinou “toda a política externa a objetivos econômicos”³, não só a obtenção de mercados, como a supressão de qualquer tentativa de concorrência.
Passam a existir basicamente dois tipos de países, os que possuem os meios de produção, comunicação e destruição, sim, a força muitas vezes é imprescindível, como instrumento de coerção e os que não possuem e assim estão sujeitos “a suportar a lei dos primeiros”4.
Assim é mantido o balanço de pagamentos inglês, a troca de produtos primários dos países subdesenvolvidos, por produtos manufaturados.
Além do óbvio interesse externo, com a manutenção de nossa dependência5 , o desinteresse interno, ou melhor, o interesse em seus próprios interesses e não os nacionais, mantinha este moto-contínuo comercial, grande diferença entre os interesses brasileiros e ingleses, onde o interesse privado misturava-se invariavelmente ao interesse público, apesar de monarquia, aplicação literal do termo República.
1Hobsbawm, Eric, A Origem da Revolução Industrial, pág. 34
2Hobsbawm, Eric, ob. cit., pág. 37
3Hobsbawm, Eric, ob. cit., pág. 46
4George, Pierre, Difel, Panorama do Mundo Atual, 1976, pág.33
5"(...) A aplicação das (antigas) fórmulas de colonização não mais convinha a países que já tinham conhecido o regime colonial mercantilista (...), a prioridade, então é dada à ação diplomática e à intervenção discreta na vida política dos Estados (...), conjugadas com concessões de créditos (...)" George, Pierre, Ob. Cit., pág.55
2 comentários:
aii ajdou muito
Disponha. Qualquer dúvida, mande email...
Postar um comentário