“O bem que o Estado pode fazer é limitado;
o mal, infinito.
O que ele nos pode dar
é sempre menos do que nos pode tirar.”
(Roberto Campos)
Os gritos já começaram:
- A crise é culpa de um sistema falido!
- O mercado não funciona!
Será? Vamos mais uma vez “ver” onde tudo começou...
A crise dos dias atuais começou nos anos 90, quando o governo yankee adotou através do Fed, políticas monetárias irresponsavelmente frouxas, onde chegou a ponto de manter por mais de um ano a taxa de juro nominal em 1%, o que, descontada a inflação, significa a imposição, por parte do próprio Estado, de uma taxa de juros negativa.
Após a adoção destas políticas, os gringos criaram duas empresas: A Fannie Mae e a Freddie Mac, entrando de sola no mercado de construção de imóveis e sua contrapartida financeira, o de hipotecas. Assim, o americano médio, “deitadão” no sofá, bebendo sua beer e fazendo seu churrasco no quintal, em vez de adquirir bens e serviços, que mantém acesso o fogo da economia, resolveu comprar sua casa, diante da enorme facilidade irresponsavelmente oferecida.
Estes bens e serviços passaram então a serem financiados, cada vez mais por diversas linhas de crédito (assim como as casas) e assim vai o trem...
Só que quando a estrada é por demais sinuosa e a velocidade muita, uma hora ele descarrila. Ou se preferirem outra analogia, uma hora a bolha estoura. Não é a velocidade que mata, mas sim a parada brusca.
Onde tudo começou? Não houve ausência de governo e sim um excesso deste!
O professor da PUC-SP, Ladislau Dowbor, vai mais longe que os anos 90, do início do post, ele vai até 1971, quando em jogada de mestre, Richard Nixon conseguiu que o dólar deixasse de ser ancorado em ouro – Foi quando Bretton Woods começou a morrer – diz o professor Dowbor. Os americanos emitiram moeda a vontade e foram as compras no resto do mundo (obviamente isso não pode ser provado, nem nunca será), só não passaram a perna no francês De Gaulle, mas isso é outra história. Este excesso gringo foi referendado, na época, pelo resto do mundo, ou seja, outros governos. Além do francês, quem mais chiou?
De volta para o futuro, onde agora a fila anda: Primeiro ajuda aos bancos, depois as montadoras, quem serão os próximos?
Se houve boa intenção do Estado Americano (e o inferno está cheio de pessoas bem intencionadas, além de ser muito difícil, qualquer boa intenção yankee, quanto a economia alheia), ao reduzir artificialmente a taxa de juros (lembremos que juros não se baixam por decreto, mas sim obedecem à lei da oferta e procura de dinheiro), este bem inicial, com aquisição da sonhada casa própria, já custou à própria casa (tomada pelos bancos), custou o dinheiro já pago (tomado pelos juros) e já está custando o e-m-p-r-e-g-o das famílias, tomado pela crise.
Assim relembrei do autor de “Lanterna na Popa”, que obstante seu apoio a sinistra ditadura, era um tremendo economista, apesar de também ter defendido despudoradamente o livre mercado, em excesso, assim como quem defende irresponsavelmente as intervenções do Estado. O caminho do meio, do equilíbrio, não vale só no zen-budismo, vale também na zen-economia. Uma economia sem ideologias, mais próxima de uma poesia de Maiakóvski, se permitindo apenas precisão das fórmulas matemáticas.
Os gritos já começaram:
- A crise é culpa de um sistema falido!
- O mercado não funciona!
Será? Vamos mais uma vez “ver” onde tudo começou...
A crise dos dias atuais começou nos anos 90, quando o governo yankee adotou através do Fed, políticas monetárias irresponsavelmente frouxas, onde chegou a ponto de manter por mais de um ano a taxa de juro nominal em 1%, o que, descontada a inflação, significa a imposição, por parte do próprio Estado, de uma taxa de juros negativa.
Após a adoção destas políticas, os gringos criaram duas empresas: A Fannie Mae e a Freddie Mac, entrando de sola no mercado de construção de imóveis e sua contrapartida financeira, o de hipotecas. Assim, o americano médio, “deitadão” no sofá, bebendo sua beer e fazendo seu churrasco no quintal, em vez de adquirir bens e serviços, que mantém acesso o fogo da economia, resolveu comprar sua casa, diante da enorme facilidade irresponsavelmente oferecida.
Estes bens e serviços passaram então a serem financiados, cada vez mais por diversas linhas de crédito (assim como as casas) e assim vai o trem...
Só que quando a estrada é por demais sinuosa e a velocidade muita, uma hora ele descarrila. Ou se preferirem outra analogia, uma hora a bolha estoura. Não é a velocidade que mata, mas sim a parada brusca.
Onde tudo começou? Não houve ausência de governo e sim um excesso deste!
O professor da PUC-SP, Ladislau Dowbor, vai mais longe que os anos 90, do início do post, ele vai até 1971, quando em jogada de mestre, Richard Nixon conseguiu que o dólar deixasse de ser ancorado em ouro – Foi quando Bretton Woods começou a morrer – diz o professor Dowbor. Os americanos emitiram moeda a vontade e foram as compras no resto do mundo (obviamente isso não pode ser provado, nem nunca será), só não passaram a perna no francês De Gaulle, mas isso é outra história. Este excesso gringo foi referendado, na época, pelo resto do mundo, ou seja, outros governos. Além do francês, quem mais chiou?
De volta para o futuro, onde agora a fila anda: Primeiro ajuda aos bancos, depois as montadoras, quem serão os próximos?
Se houve boa intenção do Estado Americano (e o inferno está cheio de pessoas bem intencionadas, além de ser muito difícil, qualquer boa intenção yankee, quanto a economia alheia), ao reduzir artificialmente a taxa de juros (lembremos que juros não se baixam por decreto, mas sim obedecem à lei da oferta e procura de dinheiro), este bem inicial, com aquisição da sonhada casa própria, já custou à própria casa (tomada pelos bancos), custou o dinheiro já pago (tomado pelos juros) e já está custando o e-m-p-r-e-g-o das famílias, tomado pela crise.
Assim relembrei do autor de “Lanterna na Popa”, que obstante seu apoio a sinistra ditadura, era um tremendo economista, apesar de também ter defendido despudoradamente o livre mercado, em excesso, assim como quem defende irresponsavelmente as intervenções do Estado. O caminho do meio, do equilíbrio, não vale só no zen-budismo, vale também na zen-economia. Uma economia sem ideologias, mais próxima de uma poesia de Maiakóvski, se permitindo apenas precisão das fórmulas matemáticas.
4 comentários:
amei a frase q vc diz que blogs sao garrafas lancadas ao mar, eh a mais pura verdade! nunca sabemos se alguem virah, se alguem vai comentar, se alguem vai gostar :)
mas eh muito bom descobrir novos blogs, novos amigos e o melhor poder conhecer um pouco de cada e saber quantos valores eles tem.
Prazer em conhecer C&A hahahahahaha
beijo
legal ter vc no AO
Sandrinha
www.brasileirinhanohawai.blogspot.com
Renato:
Você tem razão e a crise não é nova. Mas não a vejo como interferência do Governo, não. Acho, aliás, que a ação do sr. Bush foi decisiva para o que ocorreu. Ele esqueceu-se que há um limite para as coisas, sobretudo na área de crédito. E temos o que temos.
Nem me fale... aqui é telemar, teve um dia que os celulares e a internet não funcionavam nem sob reza braba.
Bom te ler e ficar sabendo de alguns aspectos dessa crise louca que assola o mundo. Somos colegas na amigo oculto e estou aqui, conhecendo o seu espaço, com a esperança de que possamos nos enocntrar mais vezes.
Um abraço
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