Domingo, fazendo frio, os moleques no video-game, eu fico aqui escutando música, depois de uma boa leva de blues, onde acabei fazendo um post sobre Robert Johnson, pesquei um CD antigo, do menestrel folk, Mr. Robert Zimmerman. Agora me dou conta, que "falei" de dois Roberts, totalmente diferentes, em pele e religião, um negro e segundo a lenda fez pacto com o cramulhão, outro branco e judeu (depois cristão-novo, depois judeu novamente), mas absolutamente iguais, onde devemos ser.
"I don't care about economy,
I don't care about astronomy
But it's sure do bother me to see my loved ones turning into puppets
There's slow, slow train coming up around the bend."
Trecho da música "Slow Train", do mesmo Dylan, em sua fase meio pastor, meio cristão-novo. Nesta época, sua voz já estava estragada, mas a música deu uma revitalizada com os belos coros gospels. Depois de letras políticas, achou (nesta época), que a verdadeira revolução era a revolução espiritual ou estava muitiiiiiissimo doente (conforme notícias) do coração e tinha medo de "coisa-ruim" vir lhe buscar? Ou talvez ele tenha resolvido, tirar um grande sarro?
Não me importo, eu gosto desse final, onde diz que não se importa com economia e sim ver seus irmãos (queridos) transformados em marionetes...
7 comentários:
Ei, Renato, vim dar uma espiada no seu recanto aqui, e me parece que você estava disposto a "postar". Li três postagens de uma vez! De Bob Dylan ouço muito a mesma canção: Blowinin the wind( é assim mesmo que escreve...rs), que era minha música de fundo...rs... do blog.
Eu lia a biografia dele e ficava impressionada ao saber que ele escrevia poemas, aos dez anos de idade! O rapaz era genial.
E você sabe captar as coisas realmente boas, não?
Abraço, caro Renato.
Dora
E eu perdi o show dele aqui em Porto no início dos 90... (Não que eu goste de shows, mas esse teria sido um registro histórico pessoal importante). Ouvi muito esse disco Slow Train Coming. Abraço.
Renato, sinto-me honrada pela sua ida à nossa "vernissagem" e espero, sempre estarmos presentes nos momentos um do outro, mesmo porque quem homenageia BOB DYLAN não pode ser uma pessoa sem sensibilidade e criatividade. Obrigada e uma semana insuperável!!!
Dora:
Foi um domingo frio e de chuva, que faz com que nós cariocas, fiquemos mais reclusos...
Jean:
Também perdi o show dele no Rio, falavam que ele subia "mamado" demais no palco e os músicos é que seguravam a onda, inclusive cantando boa parte das músicas, mas como você disse, um registro histórico...merecia ser visto, hoje eu teria mais uma história pra contar.
Vanuza:
A sensibilidade é maior do que eu gostaria e a criatividade é menor do que eu queria...hehe
Eu gosto um tantão de Dylan. E concordo com este final. Economia aos economistas... a mim importa aqueles que vivem à margem da teoria!
Eu gosto um tantão de tu, viu?
Beijoaí
Loba:
O engraçado é que sempre escutei essa música (e gostava), mas só percebi a letra muito depois (quando meu inglês melhorou um pouquinho, heheh).
Adorei o seu post. Já ouviu o falecido Tim Maia cantar essa canção? Imperdível.
Postei sobre o filme "Caráter" e como sei que você tem bom caráter, apareça por aqui:
wwwrenatacordeiro.blogspot.com
não há ponto depois de www
Um abraço,
Renata
Postar um comentário