Reproduzo parte do texto, de Pedro do Coutto, que apesar do nome, não é parente, publicou na Tribuna da Imprensa em 17/04/08...
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"Em Aprendiz de Homero, seu mais recente livro, Editora Record, Nélida Piñon parte em busca do grande poeta épico(...) Talvez - suponho - todos os grandes artistas da palavra tenham de algum modo tentado alcançar Homero. Aprendizes dele, como agora se define a romancista(...)."
"Aliás, todos os dias, de uma forma ou de outra, nos deparamos com usinas do pensamento humano. Incansáveis, inesgotáveis, criativas, produtivas, construtivas, resultado da ansiedade por saber e transmitir. Impulso muito comum também aos jornalistas. Escrever é produzir, é transmitir, é traduzir situações e interpretar afirmações. Clarificando-as para milhões, até bilhões de leitores no planeta, que necessitam e esperam pela produção e pelo consumo. Esperam por nós. Por isso acho que os que se sentam para escrever, seja qual for o conteúdo, estarão sempre praticando um ato solidário. "
"Os escritores e os jornalistas, com as penas de ontem, como Machado de Assis e Oto Maria Carpeaux, com as teclas leves e sensíveis de hoje, são movidos pelo compromisso de chegar a um ponto, encontrando-se consigo mesmos, através dos outros, como na bela e insuperável definição de Simone de Beauvoir, quando se refere à procura da mulher pelo homem. Que é busca de si mesmo por intermédio da imagem feminina. Procuramos, todos nós, na vida, na arte, no jornalismo, aquilo que ela também interpretou como o impulso à busca da exatidão de uma idéia(....)"
6 comentários:
Pelo seu post, Xará, me deu vontade de ler o livro. Vou comprá-lo amanhã. Renato, fiz novo post porque durante aquele tive dias horríveis. È longo e não precisa ser lido na íntegra. Vc presiona tecla "Page Down", que todo computador tem, e vai para onde quiser. Leia ou veja o que quiser. Se tiver interresse em mais coisas, o post está lá, basta voltar outra hora.
Um beijo,
Renata
wwwrenatacordeiro.blogspot.com
No final do post, no meu jardim cheio de rosas, pus uma casinha e um banquinho para as pessoas descansarem e depois irem ao meu castelo.
"Escrever é produzir, é transmitir, é traduzir situações e interpretar afirmações. Clarificando-as para milhões, até bilhões de leitores no planeta"
Mas "se um ler tá bom".
Pedro do Coutto fala de Nélida Piñon, que se diz "aprendiz de Homero". E estende essa afirmação a todos os "grandes artistas" da palavra.
Concordo. Os "grandes artistas" são usinas do pensamento humano, re-criando, de forma peculiar, a realidade.
Mas, quanto a tantos outros que escrevem (como eu, por exemplo, a única constatação válida, nesse texto, é a que se refere ao fato da "busca".
Escrever é sempre busca de nós mesmos. Mas, nem sempre essa escrita(falando de mim)se constitui em Arte.
Resumindo: eu sou aprendiz de aprendiz de aprendiz de aprendiz....rs Vai demorar prá chegar em Homero...
Beijos.
Dora
Porra, legal. Ainda existem críticos literários de talento na nossa imprensa. Aleluia! Valeu a divulgação, Renato. Vou ao bar comemorar, hehehe
Um abraço, camarada.
Não conheço muita coisa da Nelida. Mas o tema me lembrou Clarice (sempre ela). Vou tentar fazer como vc e deixar um pedacinhod ela aqui:
Quando eu aprendi a ler e a escrever, eu devorava os livros! Eu pensava que livro é como árvore, é como bicho: coisa que nasce! Não descobria que era um autor! Lá pelas tantas, eu descobri que era um autor! Aí disse: “Eu também quero”.
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Eu também quero! Mas eu quero aprender a ser o "instante-já"!
Beijocas
PS. Nunca será tarde pra vc, viu? Nunca é tarde pra quem eu gosto.
Renatao, meu xará, não li só uma vezes o seu post. Li 2 vezes e se 1 está bom, 2 está melhor ainda.
vc ainda não foi visitar o meu novo post. Sinto falta da sua presença no meu Blog. Apareça, pois vou tirar esse post e oôr outro logo. Por favor, vá.
Um beijo,
Renata
wwwrenatacordeiro.blogspot.com
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