terça-feira, 26 de agosto de 2008

Aprendiz de Homero - Nélida Piñon

Reproduzo parte do texto, de Pedro do Coutto, que apesar do nome, não é parente, publicou na Tribuna da Imprensa em 17/04/08...
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"Em Aprendiz de Homero, seu mais recente livro, Editora Record, Nélida Piñon parte em busca do grande poeta épico(...) Talvez - suponho - todos os grandes artistas da palavra tenham de algum modo tentado alcançar Homero. Aprendizes dele, como agora se define a romancista(...)."

"Aliás, todos os dias, de uma forma ou de outra, nos deparamos com usinas do pensamento humano. Incansáveis, inesgotáveis, criativas, produtivas, construtivas, resultado da ansiedade por saber e transmitir. Impulso muito comum também aos jornalistas. Escrever é produzir, é transmitir, é traduzir situações e interpretar afirmações. Clarificando-as para milhões, até bilhões de leitores no planeta, que necessitam e esperam pela produção e pelo consumo. Esperam por nós. Por isso acho que os que se sentam para escrever, seja qual for o conteúdo, estarão sempre praticando um ato solidário. "

"Os escritores e os jornalistas, com as penas de ontem, como Machado de Assis e Oto Maria Carpeaux, com as teclas leves e sensíveis de hoje, são movidos pelo compromisso de chegar a um ponto, encontrando-se consigo mesmos, através dos outros, como na bela e insuperável definição de Simone de Beauvoir, quando se refere à procura da mulher pelo homem. Que é busca de si mesmo por intermédio da imagem feminina. Procuramos, todos nós, na vida, na arte, no jornalismo, aquilo que ela também interpretou como o impulso à busca da exatidão de uma idéia(....)"

6 comentários:

RENATA CORDEIRO disse...

Pelo seu post, Xará, me deu vontade de ler o livro. Vou comprá-lo amanhã. Renato, fiz novo post porque durante aquele tive dias horríveis. È longo e não precisa ser lido na íntegra. Vc presiona tecla "Page Down", que todo computador tem, e vai para onde quiser. Leia ou veja o que quiser. Se tiver interresse em mais coisas, o post está lá, basta voltar outra hora.
Um beijo,
Renata
wwwrenatacordeiro.blogspot.com
No final do post, no meu jardim cheio de rosas, pus uma casinha e um banquinho para as pessoas descansarem e depois irem ao meu castelo.

Jean Scharlau disse...

"Escrever é produzir, é transmitir, é traduzir situações e interpretar afirmações. Clarificando-as para milhões, até bilhões de leitores no planeta"

Mas "se um ler tá bom".

Anônimo disse...

Pedro do Coutto fala de Nélida Piñon, que se diz "aprendiz de Homero". E estende essa afirmação a todos os "grandes artistas" da palavra.
Concordo. Os "grandes artistas" são usinas do pensamento humano, re-criando, de forma peculiar, a realidade.
Mas, quanto a tantos outros que escrevem (como eu, por exemplo, a única constatação válida, nesse texto, é a que se refere ao fato da "busca".
Escrever é sempre busca de nós mesmos. Mas, nem sempre essa escrita(falando de mim)se constitui em Arte.
Resumindo: eu sou aprendiz de aprendiz de aprendiz de aprendiz....rs Vai demorar prá chegar em Homero...
Beijos.
Dora

Jens disse...

Porra, legal. Ainda existem críticos literários de talento na nossa imprensa. Aleluia! Valeu a divulgação, Renato. Vou ao bar comemorar, hehehe
Um abraço, camarada.

Anônimo disse...

Não conheço muita coisa da Nelida. Mas o tema me lembrou Clarice (sempre ela). Vou tentar fazer como vc e deixar um pedacinhod ela aqui:
Quando eu aprendi a ler e a escrever, eu devorava os livros! Eu pensava que livro é como árvore, é como bicho: coisa que nasce! Não descobria que era um autor! Lá pelas tantas, eu descobri que era um autor! Aí disse: “Eu também quero”.
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Eu também quero! Mas eu quero aprender a ser o "instante-já"!
Beijocas
PS. Nunca será tarde pra vc, viu? Nunca é tarde pra quem eu gosto.

RENATA CORDEIRO disse...

Renatao, meu xará, não li só uma vezes o seu post. Li 2 vezes e se 1 está bom, 2 está melhor ainda.
vc ainda não foi visitar o meu novo post. Sinto falta da sua presença no meu Blog. Apareça, pois vou tirar esse post e oôr outro logo. Por favor, vá.
Um beijo,
Renata
wwwrenatacordeiro.blogspot.com